Informações da Polícia Civil apontam que Gabriel Feitosa Silva, de 24 anos, teve a execução transmitida por videochamada pelos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, em Sorriso. O corpo dele foi encontrado no Rio Lira na terça-feira (02/09).
Uma pedra estava amarrada na vítima para que afundasse na água. Na noite de segunda-feira (1º), dois criminosos, que usam tornozeleira eletrônica, foram presas pela Polícia Civil suspeitos de sequestrarem o jovem e a namorada dele.
A hipótese é de que ele foi torturado e morto por estrangulamento antes de ter o corpo jogado na água. A motocicleta de Gabriel, que havia sido jogada no rio, foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros.
Durante as diligências, a Polícia Civil conseguiu encontrar outra mulher envolvida no crime. Segundo o delegado Bruno França, a mulher já havia tentado assassinar dois jovens no mês de agosto. Ambos foram salvos pela Polícia Militar. O adolescente de 12 anos teria auxiliado para manter a namorada de Gabriel mantida em um cativeiro. Na ocasião do sequestro, ele teria ficado como um ‘guarda’ da vítima.
Segundo a polícia, a mulher presa possui histórico criminal por tráfico de drogas e associação a facções criminosas. Ela já havia participado de outro sequestro, que acabou malsucedido após a Polícia Militar localizar o cativeiro e libertar a vítima.
No caso de Gabriel, ela teria usado o próprio filho para ajudar a manter a ex-namorada da vítima em cativeiro, impedindo que a jovem pudesse avisar a polícia. A mulher foi localizada escondida na casa de uma amiga, que também foi presa por participação no crime.
De acordo com o delegado Bruno França, Gabriel já estava jurado de morte. No domingo, ele e a ex-namorada foram a um bar, que teria avisado comparsas sobre a presença do rapaz. Na sequência, Gabriel foi sequestrado e levado até a região da Morada do Bosque, onde passou por um “tribunal do crime” e acabou executado.