A faculdade paulista São Leopoldo Mandic vai recorrer da decisão que autorizou a assassina de Isabele Guimarães Ramos, a adolescente morta aos 14 anos com um tiro no rosto em 2020 pela “melhor amiga”, no condomínio Alphaville 1, em Cuiabá, a voltar para o curso de medicina.
Na época do "ato infracional", ambas tinham 14 anos. Atualmente, aos 18 anos, a assassina cursava medicina, mas foi expulsa após colegas de turma acionarem a direção da instituição informando que a jovem esteve diretamente envolvida no caso que mobilizou manchetes nacionais em 2020.
A assassina de Isabele conseguiu reverter a decisão na justiça. Nessa terça-feira (27), o juízo da 6ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campinas, São Paulo, determinou que ela fosse imediatamente reintegrada ao curso.
A assessoria da faculdade paulista informou que a "instituição vai seguir a determinação da justiça, mas irá recorrer".
Entenda
Em 2021, a autora do disparo que matou Isabele foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio doloso, com intenção de matar. Ela ficou cerca de 1 ano e quatro meses no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), uma unidade para jovens infratores localizada em Cuiabá.
Em 2022, após recurso da defesa, a tipificação foi alterada para ato análogo a homicídio culposo, que é quando não há a intenção de matar, o que permitiu que ela ganhasse liberdade.