Na manhã desta quinta-feira (10), uma ocorrência envolvendo possível agressão contra uma adolescente de 14 anos mobilizou a Guarda Civil Municipal (GCM), o Conselho Tutelar e a direção da Escola Estadual Márcio Schabatt, em Lucas do Rio Verde (MT).
A denúncia foi feita pela psicóloga da instituição, que acionou a GCM por meio do número de emergência 153, informando uma situação de violência familiar que envolvia uma aluna da escola. Quando a guarnição chegou ao local, o Conselho Tutelar já prestava atendimento à adolescente.
Segundo o relato da vítima, a situação de violência ocorreu durante a manhã, enquanto ela se arrumava para ir à escola. A adolescente teria solicitado à mãe um item de maquiagem que havia sido comprado no dia anterior. A negativa da mãe, somada à repreensão por estar em uma transmissão ao vivo com uma colega, teria dado início a uma discussão. A partir desse momento, segundo a vítima, a mãe passou a agredi-la fisicamente com tapas, puxões de cabelo e mordidas, chegando a ameaçá-la com uma cadeira.
A adolescente apresentava marcas visíveis de arranhões no rosto e pescoço, além de uma mordida no lado esquerdo do rosto. A situação foi acompanhada pela psicóloga da escola, membros do Conselho Tutelar e a guarnição da GCM.
Posteriormente, a mãe da jovem se apresentou na escola e, em conversa com os agentes, confirmou que agrediu a filha. Alegou que a atitude foi tomada como forma de disciplinar a adolescente, reconhecendo que pode ter exagerado devido ao seu estado emocional. Ela afirmou ainda que a filha apresenta comportamento rebelde, já tendo morado com o pai e com uma tia no ano de 2023, mas retornado ao lar materno por dificuldades de convivência com outros familiares.
A mãe relatou ainda que a adolescente não colabora com as atividades domésticas e costuma passar o dia em transmissões ao vivo com amigos na internet, muitas vezes até altas horas da noite, o que a teria deixado exausta emocionalmente.
Diante dos fatos, o Conselho Tutelar encaminhou a adolescente à Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (DPJC), sob a responsabilidade do conselheiro. Já a mãe foi conduzida pela GCM. Ela acompanhou a guarnição de forma colaborativa.
A motocicleta da suspeita também foi levada à delegacia, vinculada ao boletim de ocorrência, para que possa ser utilizada pela mesma após a liberação pela autoridade policial.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que irá apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).