O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou Ângelo Henrique Markoski da Cunha a mudar temporariamente de endereço para visitar o filho de 6 anos de idade em Sorriso (380 km de Cuiabá). Markoski cumpre medidas cautelares pela suposta participação na organização criminosa descortinada pela "Operação Xeque-Mate".
De acordo com as investigações, o grupo atuava no norte do Estado com o roubo de defensivos agrícolas, receptação de grãos roubados e extorsão. A quadrilha, segundo o inquérito, chegou a movimentar R$ 70 milhões. A origem do dinheiro era dissimulada a partir de uma garagem de carros de luxo.
A estrutura da organização, conforme apurado pela Polícia Civil e o Ministério Público, incluia os líderes, o grupo operacional e financeiro, especializados em lavagem de dinheiro.
A ação policial foi deflagrada em novembro de 2022 para o cumprimento de 24 ordens judiciais. Parte dos membros da organização, incluindo Ângelo, ganhou liberdade provisória em setembro deste ano. A exceção de Jão Nassif, apontado como maior líder da organização, os demais presos no âmbito da 'Xeque-Mate' conseguiram o benefício sob a imposição de outras cautelares como o monitoramento eletrônico e recolhimento domiciliar noturno.