Um homem de 35 anos foi preso na noite de sábado (11/10), no Distrito de Simione, em Itanhangá, sob a acusação de estupro de vulnerável contra a própria filha, uma adolescente de 13 anos. A Polícia Militar foi acionada via telefone por volta das 04h06 da madrugada, após receber informações sobre uma situação em uma residência do distrito. No local, a guarnição encontrou a vítima, que, visivelmente abalada, narrou os fatos.
Segundo o relato da adolescente, na madrugada anterior, após sua irmã mais nova acordar assustada por volta da 1h, o pai das meninas foi ao quarto onde ela e suas três irmãs menores dormiam, com o pretexto de acalmar a criança. A vítima relatou ter adormecido, mas acordou posteriormente com o suspeito tocando partes íntimas. Por medo, ela fingiu estar dormindo até que ele se retirasse do quarto, por volta das 4h da manhã.
Os abusos verbais se intensificaram no final da tarde, após a família retornar de uma visita a uma tia paterna em Itanhangá. Na frente da residência, o suspeito abordou a vítima e, segundo ela, fez uma grave ameaça: disse que na próxima vez usaria preservativo para não engravidá-la e a instruiu a chamá-lo em seu quarto durante a madrugada.
Em pânico, a adolescente fugiu para a casa de uma vizinha, levando consigo suas três irmãs menores por temer pela segurança delas também.
O suspeito, então, dirigiu-se à frente da casa da vizinha e proferiu novas ameaças: “assim que a vítima retornasse para casa, iria tomar uma surra igual nunca havia tomado e que não adiantava chamar o Conselho e muito menos a Polícia”. A madrasta, por sua vez, foi até o local e buscou as outras crianças, mas a vítima se recusou a retornar para casa.
Diante da gravidade dos fatos, a vítima e o suspeito foram conduzidos a polícia. O Conselho Tutelar de plantão foi acionado e as conselheiras estiveram presentes, onde a vítima confirmou integralmente o relato.
O suspeito, por sua vez, negou todas as acusações. A madrasta e as irmãs da vítima, questionadas, afirmaram não ter observado nada de anormal durante a madrugada ou em datas anteriores.
A ocorrência ainda ressalta um precedente grave: o suspeito já havia sido acusado pelos mesmos crimes contra sua enteada no ano de 2017.
A adolescente de 13 anos permaneceu sob a guarda e proteção do Conselho Tutelar para a devida elucidação dos fatos. O caso segue em investigação pela Polícia Judiciária Civil.