Na tarde desta terça-feira (27.05), uma mulher procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência relatando ter sido impedida de manter contato com o sobrinho de 4 anos, que ela criou como filho por meses. A mãe e a criança estariam morando em Sorriso, de mudança para Lucas do Rio Verde.
De acordo com o relato prestado à Polícia Civil, a criança teria sido deixada pela mãe na casa da tia, em Ipiranga do Norte. A mãe, identificada apenas como V.A.T, teria dito que iria comprar, mas não voltou. O menino passou meses vivendo com a tia e suas primas.
Conforme o relato, quando foi deixado em seu casa a criança apresentava marcas de agressões, inclusive cicatrizes nas costas. Preocupados, a tia e o pai da criança passaram a acompanhar de perto a situação do menino, que é hiperativo, e sob os cuidados da família paterna passou a ter acompanhamento psicológico, fonoaudiólogo e estava aguardando consulta com um neurologista.
Após alguns meses, o menino foi morar com o pai em uma casa próxima da casa da tia. A convivência entre a criança e a tia continuou e o sobrinho podia frequentar sua casa diariamente e brincar com as primas.
No entanto, recentemente, a mãe – que possui a guarda legal da criança – teria voltado e retirado o menino do convívio familiar paterno e, desde então, estaria impedindo qualquer contato com a tia e os demais parentes do lado do pai. A tia relatou que enviou mensagens pedindo para passar um final de semana com o sobrinho, o que foi negado pela ex-cunhada, que não quer contar onde está morando. Em mensagens, ela teria afirmado que a comunicante não tem direito de ver a criança, exigindo que não houvesse mais contato e que qualquer tentativa de aproximação fosse feita por meio da Justiça.
“Eu não quero sequestrar meu sobrinho, eu quero ver ele, eu sinto falta e minhas filhas sempre perguntam quando vão ver ele”- relatou a tia.
A tia afirmou ainda que procurou o Conselho Tutelar de Ipiranga do Norte, onde foi orientada de que a mãe da criança não pode impedir as visitas, considerando especialmente o vínculo construído com a família. As conselheiras informaram que o caso será encaminhado ao Ministério Público para serem tomadas as providências.
A tia, abalada com a situação, declarou que deseja apenas manter o vínculo com o sobrinho, pois cuidou do menino como filho quando a mãe “sumiu”. O pai do menino já luta na justiça pela guarda da criança.