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Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025 14:45

Bioseg falsificava exames de HIV, sífilis, toxicológicos e Covid. Rede tem laboratórios em Cuiabá, Sorriso e Sinop e atende órgãos públicos e clínicas particulares

A BioSeg Saúde e Segurança do Trabalho, alvo da Operação Contraprova, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (15/08), falsificava exames de HIV, sífilis, hepatite, toxicológico, covid-19, entre outros. De acordo com as investigações, eles coletavam amostras de material biológico dos pacientes, inclusive em home care, e jogavam fora sem qualquer análise.

Além disso, os resultados dos laudos eram falsificados pelo biomédico, sócio e responsável técnico pela unidade em Cuiabá, Igor Phelipe Gardés Ferraz, que foi preso nesta manhã.

A rede possui laboratórios em Cuiabá, Sorriso e Sinop e atende órgãos públicos como a Prefeitura de Cuiabá, clínicas médicas e nutricionais particulares, um convênio médico, além de pacientes particulares.

As irregularidades na BioSeg foram descobertas em abril deste ano, após uma denúncia da Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá, que apontou a suspeita de que o laboratório não realizava as análises das amostras coletadas e ainda assim emitia laudo.

Na época, o laboratório foi submetido a uma fiscalização e foram encontradas amostras de sangue que haviam sido coletadas em dias anteriores em cima de uma mesa, sem qualquer acondicionamento térmico necessário.

Igor Phelipe tentou explicar o fato dizendo que os exames eram feitos por um laboratório terceirizado, mas não conseguiu provar.

No local, foi constatado ainda que não havia equipamento funcionando, nem materiais reagentes necessário para a realização de exames.

Após a vistoria, o biomédico foi preso em flagrante, mas foi solto no mesmo dia após audiência de custódia.

Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil cumpriu outras dez ordens judiciais, além da prisão de Igor, como busca e apreensão nas casas dos sócios e unidades da empresa, interdição judicial das três unidades, suspensão do registro de biomédico do sócio preso, suspensão de contratos do laboratório com o Poder Público e proibição dos sócios de contratar com órgãos públicos da União, Estados e Municípios.

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