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Quinta-Feira, 15 de Julho de 2021 08:51

Bandido do Novo Cangaço revela "encenação" para convencer reféns que arma prestava

Último criminoso preso, Salvador Santos Portela relatou em depoimento sua função durante o roubo às agências bancárias em Nova Xavantina

Salvador Santos Portela, 50 anos, membro da quadrilha do ‘Novo Cangaço’, que assaltou duas cooperativas de crédito, em Nova Xavantina (1.026 km da Capital), preso na manhã da última sexta-feira (09), relatou em depoimento na Delegacia de Polícia Civil qual era sua ‘função’ durante o ‘duplo’ assalto e ressaltou que sua arma não estava funcionando.

O crime aconteceu no dia 4 de junho, quando cerca de 12 ladrões armados se dividiram e assaltaram simultaneamente uma agência do Sicoob e uma do Sicredi no município, onde renderam dezenas de pessoas, inclusive, que passavam pela rua e fizeram as vítimas de escudo humano contra polícia.

A quadrilha conseguiu escapar com cerca de R$ 900 mil.

 

De acordo com o depoimento de Salvador, preso durante ‘compras’ numa mercearia no Distrito de Japuranã, ele conheceu Diego Almeida Costa, 31 anos, um dos mentores do assalto, no município de Petrolina, em Pernambuco, quando o bandido contratou serviço de montagem de estrutura para instalar placas de energia solar. Isso foi cerca de dois meses antes do assalto.

Ao decorrer dos dias, Diego fez ‘proposta’ para Salvador participar do assalto e que sua função seria “ficar na porta do banco e de não deixar os reféns correrem”.

Diego teria explicado que “o que fosse conseguido com o roubo seria tirado as despesas e o restante dividido em partes iguais entre os participantes”.

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No dia dos fatos, enquanto metade dos comparsas seguiram para o Sicredi, ele (Salvador), Franklin e Cristiano, o Fantasma, seguiram para o Siccob armados com espingarda .12. Em seguida, chegaram Samuel, o Fazendeiro, e Jhon Lenon.

Conforme o combinado, Salvador ficou do lado de fora da agência vigiando os reféns. Em determinado momento, disse que tentou atirar contra as câmeras de segurança da cooperativa, mas a arma falhou.

Ele entrou no banco e tentou consertar, porém, não conseguiu e ‘percebeu que a arma não prestava”.

Relatou ainda que o comparsa Cristiano foi quem atirou contra um motociclista, que ficou ferido e correu segurando o braço. Foi ele ainda que atirou contra a fachada de um estabelecimento em frente ao banco.

Salvador passou por audiência de custódia na tarde de sábado (10), quando o juiz Tibério De Lucena Batista converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva.

“Considerando as circunstâncias em que o crime foi cometido e, com o intuito de garantir a ordem pública, bem como assegurar a aplicação da lei penal, a decretação da segregação cautelar é medida que se impõe”, argumentou o magistrado.

Fonte: reporter mt

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